Incrustada arrojadamente na encosta da montanha, exposta pelo despudor com que se debruça sobre a paisagem, a casa descortina a encantadora vista dos mais belos ícones da cidade do Rio de Janeiro: a Lagoa Rodrigo de Freitas, a Praia de Ipanema, a Baía de Guanabara, o Pão de Açúcar, o Cristo Redentor, o Morro Dois irmãos e a Pedra da Gávea. Esta casa é o modelo de uma proposta arquitetônica que a divide tanto no plano vertical como no horizontal, com espaços vazios energéticos. Vista pelo exterior por sua posição destacada e suas grandes dimensões, ela provoca uma impressão de força e imponência, mas no seu interior há uma atmosfera extremamente suave. Para isso, muito contribui a inserção das artes plásticas na sua arquitetura: um mural do pintor e amigo Adriano de Aquino – o visitante e a paisagem incorporando-se à obra, complementado por uma bela escultura de Franz Weissman, disposta estrategicamente no jardim. A casa é dividida num plano horizontal, tornando-a mais ventilada, bem iluminada, e conseqüentemente mais saudável. Esse plano se comunica ortogonalmente com outro vertical, que protegido por clarabóias de vidro, separa as partes social e íntima da ala de serviços, e se intercomunicam através de passarelas muito leves.